No dia 30 de novembro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e suas 27 representações estaduais promoverão uma mobilização nacional para alertar a população e as autoridades sobre a urgente necessidade de reinserir os pediatras na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Equipe Estratégia de Saúde da Família (ESF). Sob o lema “Pediatra na Atenção Primária: cuidado desde o primeiro contato”, a iniciativa realizará passeatas simultâneas e/ou atividades variáveis em espaços públicos de grande circulação.
O objetivo é sensibilizar gestores e a sociedade sobre a importância de que o primeiro nível do Sistema Único de Saúde (SUS) conte com pediatras capacitados e integrados à equipe de ESF, para acompanhar todas as etapas do crescimento e do desenvolvimento de crianças e adolescentes.
A mobilização nacional é resultado de uma série de fóruns regionais promovidos pela SBP em 2025, que reuniram centenas de pediatras das cinco regiões do Brasil. Durante as discussões, os especialistas pactuaram, por meio de um consenso científico, a necessidade de reinserção do pediatra na Atenção Primária à Saúde. As conclusões centrais dos fóruns estão expressas na Carta de Recife, documento em que os pediatras defendem a presença de até 4 mil pediatras no SUS para fortalecer e reorganizar o cuidado à infância e adolescência.
CONFIRA A CARTA DE RECIFE (RESUMO)
O documento ressalta que a ausência desses especialistas no primeiro contato com o sistema de saúde compromete a detecção precoce de agravos, aumenta internações evitáveis e fragiliza a orientação às famílias. A SBP destaca que a presença dos pediatras na APS é determinante para prevenir agravos, qualificar diagnósticos, orientar famílias e garantir cuidados oportunos desde o nascimento até o final da adolescência, especialmente em um país marcado por desigualdades regionais e demandas assistenciais crescentes.
Conforme destaca o presidente da SBP, dr. Edson Liberal, devido à sua formação, o pediatra sempre interagiu de maneira integrada, valorizando a relação médico, paciente e família. “O pediatra pode somar esforços na Estratégia, que é o atual formato de consolidação da APS. Hoje, as crianças e os adolescentes não são atendidos nem acompanhados por pediatras na maioria dos municípios. Queremos abrir um caminho de diálogo com o poder público para somar junto à ESF”, indicou.
Munidos de faixas, material informativo e muita disposição para conversar diretamente com as famílias, os pediatras explicarão a importância do retorno do pediatra a APS. Segundo os especialistas, em 2023, por exemplo, foram registradas 1,9 milhão de consultas de puericultura na rede pública – número inferior ao total de nascidos naquele ano (2,5 milhões). Ou seja, menos de uma consulta anual por criança.
“O que estamos pedindo é justiça com a infância e a adolescência brasileira. A Constituição Federal estabelece que crianças e adolescentes têm prioridade absoluta. Esse conceito precisa se traduzir em políticas públicas concretas. O pediatra, juntamente com toda a equipe de ESF, ajuda a garantir integralidade e qualidade no cuidado à saúde”, finalizou o dr. Edson Liberal.
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