Guia da SBP auxilia pediatras a identificarem gravidade de traumatismo cranioencefálico

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de publicar o documento científico “Trauma Cranioencefálico Grave”, um guia para o tratamento de crianças e adolescentes na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um dos acidentes mais frequentes em pediatria, sendo considerado, em vários países, um problema de saúde pública. No Brasil, segundo dados do Ministério da saúde, é possível identificar, no período de 2008 até 2012, cerca de 20 mil hospitalizações por TCE, na faixa etária de zero a 14 anos, com cerca de 400 óbitos.

O material, elaborado pelo Departamento Científico de Terapia Intensiva da SBP, tem como objetivo auxiliar os especialistas a identificar o paciente vítima de TCE; identificar e saber as condutas frente a hipertensão intracraniana aguda nesses pacientes; conhecer e interpretar as monitorizações disponíveis para o TCE grave; conhecer as principais linhas de conduta nos pacientes com TCE grave em UTIP; e conhecer o tratamento e as medicações utilizados no TCE grave.

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As principais causas de TCE estão relacionadas a quedas e acidentes automobilísticos, com diferenças de acordo com a faixa etária. Uma causa importante no lactente é a síndrome do bebê sacudido (shaken baby syndrome, em inglês).

O TCE é classificado em leve, moderado e grave, de acordo com a Escala de Coma de Glasgow (ECG). E, segundo o guia da SBP, os casos nos quais há indicação de internação em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) são: TCE moderado ou grave; TCE com necessidade de intervenção cirúrgica; presença de instabilidade hemodinâmica e/ou ventilatória; e sinais de hipertensão intracraniana (HIC).

O material destaca, ainda, que, independentemente da ECG, há elementos que influenciam no estabelecimento da gravidade do TCE, tais como: perda de consciência; vômitos (mais de dois episódios); crise convulsiva; amnésia lacunar; dentre outras questões apresentadas no texto. 

O Departamento Científico de Terapia Intensiva é composto pelos médicos: José Roberto Fioretto; Norma Suely Oliveira; Carolina Friedrich Amoretti; Cristian Tedesco Tonial; Katia de Oliveira Harada; Marcelo Barciela Brandão; Paula de Almeida Azi; Paulo Ramos David João; Regina Grigolli Cesar; Ricardo Maria Nobre Othon Sidou; e Sandra Lange Zaponi Melek.